Com apenas 18 anos, Alex foi chamado por Paulo Cesar Carpegiani para atuar na partida diante do Iraty, no interior do estado, pelo estadual de 1995. Naquele mesmo ano, ele foi um dos personagens que contribuiu com o retorno do Coxa à elite do futebol brasileiro e deu seus primeiros passos como um dos grandes craques do futebol no país.
"Eu o lancei no Coritiba, com 17, 18 anos. Depois saí e ele foi mundo afora, virou ídolo por onde passou. Na época, era infantil, treinou comigo e eu o coloquei para jogar e ele ficou no time. É um jogador genial, beira o Zico, é criativo, talentoso", ponderou Carpegiani, técnico do Coxa na época.
No entanto, antes de chegar às mãos de Carpegiani, Alex aprendeu muito com uma pessoa especial, a qual o ensinou coisas essenciais para a vida de atleta do então garoto. Foi Acir Cortes, o Sisico, que aperfeiçoava muitos fundamentos do jogador. "Eu 'castigava' o Alex depois dos treinos e fazia ele ficar mais 15 minutos chutando com as duas pernas, acertando as camisas que eu pendurava nas traves. Fazia isso porque acreditava no potencial dele", recorda-se Sisico, primeiro treinador do Alex, ainda nas categorias de base do Coxa.
Alex também se lembra dos ensinamentos do mestre Sisico com carinho. O craque conta que após os treinos, ainda garoto, o então treinador o deixava fazendo "hora extra". "A gente treinava num campo no Mossunguê, tinha uma árvore enorme, e ele falava: eu quero que você fique acertando na árvore. E eu ficava horas lá. Depois vinha de carona com ele até um certo ponto, pegava o ônibus e ia para casa. O primeiro treinador de verdade que eu tive foi o Sisico", lembra-se Alex, que ainda conta que foi do Mestre que ouviu as primeiras orientações para bater faltas.
"O Sisico é um monstro. Tudo o que eu ouvi do Felipão, do Zico, do Luxemburgo, do Aragones, tudo que eu ouvia desses caras de conceito de bola, de jogar na minha posição, de como me portar perante a qualquer situação eu ouvia do Sisico com 15 anos de idade", lembrou.
No decorrer de sua carreira, Alex seguiu chamando a atenção de companheiros de equipe, torcedores, imprensa e treinadores. Sua maneira de atuar dentro de campo encantava. Sua seriedade fora dele e a maneira inteligente de lidar com diversas situações também sempre foram marcas registradas do craque.
Pessoa importante na história de Alex, Vanderlei Luxemburgo, foi o técnico que comandou o jogador em momentos especiais na carreira. No Cruzeiro em 2003, e na Seleção Brasileira nas passagens mais importantes de Alex com a camisa verde e amarela.
"Além de um grande amigo, é um craque em campo, um gênio. Um jogador decisivo e não a toa é ídolo por onde passou. Reconhecido nos clubes onde jogou e até mesmo por rivais, é rei na Turquia. O Alex, sem dúvida, merece essa marca, um número muito importante para qualquer profissional que coroa toda sua trajetória brilhante no futebol brasileiro", elogiou Luxemburgo.
Nessa semana que antecede sua despedida dos gramados, Alex utilizou as redes sociais (confira a galeria logo abaixo) para se despedir de pessoas que marcaram seus passos como atleta profissional. Além de Carpegiani, outros nomes foram homenageados: Lori Sandri, Heron Ferreira, Pepe, Celso Roth, Dirceu Krüger, Luxemburgo, Zagallo, Carlinhos, Ivo, PC Gusmão, Daum, Aragones, Zico, Dado Cavalcanti, Péricles Chamusca e Marquinhos Santos.
Cada um reservou uma história especial junto ao capitão. "É uma satisfação imensa ter sido o último treinador, o último a conquistar um título com Alex, o único título dele no Coritiba, o Paranaense 2013. E retornar para deixar o Coritiba na primeira divisão neste ano foi honroso, eu só tenho a agradecer pelos dias trabalhados, pela experiência, pelos ensinamentos, não somente dentro de campo, mas também fora", afirma Marquinhos Santos (na foto em destaque), atual técnico do Coritiba que está convivendo os últimos momentos de Alex como atleta.
Outro treinador coxa-branca que também esteve com o Menino de Ouro é Dirceu Krüger, ainda funcionário do Coritiba. Krüger resumiu muito bem o que fez de Alex um ídolo por onde passou. "A personalidade muito forte, uma liderança muito grande, mesmo moleque. Era visível essa liderança. O que eu posso falar do Alex? A inteligência dele dentro do campo e fora do campo. Ele é uma pessoa completa", destacou.
E ser ídolo, além de uma nação inteira, de um ídolo parece ser algo surreal. Mas assim o é para Zico. Quando no começo de carreira, Alex já o admirava, e quis o destino que fora do Brasil, na Turquia, os dois se encontrassem. Zico foi treinador do capitão no Fenerbahçe. "O Alex é o jogador mais inteligente que dirigi. Dentro de campo ele tinha uma capacidade incrível de ler o jogo, às vezes ele mesmo fazia leituras que nós não tínhamos feito fora dele. Ter um cara assim dentro de campo é fantástico", apontou Zico.
Elogios retribuídos por Alex. "Quando criança eu queria ser o Zico. Depois fui jogar no Flamengo porque era o time dele. A vida me colocou lado a lado com ele no Fenerbahçe", disse. "Foi o melhor gerenciador de pessoas que conheci no futebol", complementou.
#ObrigadoCapitão
Confira aqui outras matérias especiais sobre Alex
Confira as fotos que Alex colocou nas redes sociais de seus treinadores:
Com apenas 18 anos, Alex foi chamado por Paulo Cesar Carpegiani para atuar na partida diante do Iraty, no interior do estado, pelo estadual de 1995. Naquele mesmo ano, ele foi um dos personagens que contribuiu com o retorno do Coxa à elite do futebol brasileiro e deu seus primeiros passos como um dos grandes craques do futebol no país.
"Eu o lancei no Coritiba, com 17, 18 anos. Depois saí e ele foi mundo afora, virou ídolo por onde passou. Na época, era infantil, treinou comigo e eu o coloquei para jogar e ele ficou no time. É um jogador genial, beira o Zico, é criativo, talentoso", ponderou Carpegiani, técnico do Coxa na época.
No entanto, antes de chegar às mãos de Carpegiani, Alex aprendeu muito com uma pessoa especial, a qual o ensinou coisas essenciais para a vida de atleta do então garoto. Foi Acir Cortes, o Sisico, que aperfeiçoava muitos fundamentos do jogador. "Eu 'castigava' o Alex depois dos treinos e fazia ele ficar mais 15 minutos chutando com as duas pernas, acertando as camisas que eu pendurava nas traves. Fazia isso porque acreditava no potencial dele", recorda-se Sisico, primeiro treinador do Alex, ainda nas categorias de base do Coxa.
Alex também se lembra dos ensinamentos do mestre Sisico com carinho. O craque conta que após os treinos, ainda garoto, o então treinador o deixava fazendo "hora extra". "A gente treinava num campo no Mossunguê, tinha uma árvore enorme, e ele falava: eu quero que você fique acertando na árvore. E eu ficava horas lá. Depois vinha de carona com ele até um certo ponto, pegava o ônibus e ia para casa. O primeiro treinador de verdade que eu tive foi o Sisico", lembra-se Alex, que ainda conta que foi do Mestre que ouviu as primeiras orientações para bater faltas.
"O Sisico é um monstro. Tudo o que eu ouvi do Felipão, do Zico, do Luxemburgo, do Aragones, tudo que eu ouvia desses caras de conceito de bola, de jogar na minha posição, de como me portar perante a qualquer situação eu ouvia do Sisico com 15 anos de idade", lembrou.
No decorrer de sua carreira, Alex seguiu chamando a atenção de companheiros de equipe, torcedores, imprensa e treinadores. Sua maneira de atuar dentro de campo encantava. Sua seriedade fora dele e a maneira inteligente de lidar com diversas situações também sempre foram marcas registradas do craque.
Pessoa importante na história de Alex, Vanderlei Luxemburgo, foi o técnico que comandou o jogador em momentos especiais na carreira. No Cruzeiro em 2003, e na Seleção Brasileira nas passagens mais importantes de Alex com a camisa verde e amarela.
"Além de um grande amigo, é um craque em campo, um gênio. Um jogador decisivo e não a toa é ídolo por onde passou. Reconhecido nos clubes onde jogou e até mesmo por rivais, é rei na Turquia. O Alex, sem dúvida, merece essa marca, um número muito importante para qualquer profissional que coroa toda sua trajetória brilhante no futebol brasileiro", elogiou Luxemburgo.
Nessa semana que antecede sua despedida dos gramados, Alex utilizou as redes sociais (confira a galeria logo abaixo) para se despedir de pessoas que marcaram seus passos como atleta profissional. Além de Carpegiani, outros nomes foram homenageados: Lori Sandri, Heron Ferreira, Pepe, Celso Roth, Dirceu Krüger, Luxemburgo, Zagallo, Carlinhos, Ivo, PC Gusmão, Daum, Aragones, Zico, Dado Cavalcanti, Péricles Chamusca e Marquinhos Santos.
Cada um reservou uma história especial junto ao capitão. "É uma satisfação imensa ter sido o último treinador, o último a conquistar um título com Alex, o único título dele no Coritiba, o Paranaense 2013. E retornar para deixar o Coritiba na primeira divisão neste ano foi honroso, eu só tenho a agradecer pelos dias trabalhados, pela experiência, pelos ensinamentos, não somente dentro de campo, mas também fora", afirma Marquinhos Santos (na foto em destaque), atual técnico do Coritiba que está convivendo os últimos momentos de Alex como atleta.
Outro treinador coxa-branca que também esteve com o Menino de Ouro é Dirceu Krüger, ainda funcionário do Coritiba. Krüger resumiu muito bem o que fez de Alex um ídolo por onde passou. "A personalidade muito forte, uma liderança muito grande, mesmo moleque. Era visível essa liderança. O que eu posso falar do Alex? A inteligência dele dentro do campo e fora do campo. Ele é uma pessoa completa", destacou.
E ser ídolo, além de uma nação inteira, de um ídolo parece ser algo surreal. Mas assim o é para Zico. Quando no começo de carreira, Alex já o admirava, e quis o destino que fora do Brasil, na Turquia, os dois se encontrassem. Zico foi treinador do capitão no Fenerbahçe. "O Alex é o jogador mais inteligente que dirigi. Dentro de campo ele tinha uma capacidade incrível de ler o jogo, às vezes ele mesmo fazia leituras que nós não tínhamos feito fora dele. Ter um cara assim dentro de campo é fantástico", apontou Zico.
Elogios retribuídos por Alex. "Quando criança eu queria ser o Zico. Depois fui jogar no Flamengo porque era o time dele. A vida me colocou lado a lado com ele no Fenerbahçe", disse. "Foi o melhor gerenciador de pessoas que conheci no futebol", complementou.
#ObrigadoCapitão
Confira aqui outras matérias especiais sobre Alex
Confira as fotos que Alex colocou nas redes sociais de seus treinadores: