Em ofício protocolado na manhã desta segunda-feira (31), o vice-presidente do Coritiba Foot Ball Club, André Luiz Macias, entregou requerimento ao Conselho Deliberativo e ao Conselho de Administração solicitando investigação das alegações aventadas nos últimos dias decorrentes do vazamento de conversas particulares de um grupo de WhatsApp.
Durante o período de investigação, ainda de acordo com o pedido, André Luiz Macias ficará licenciado de suas atribuições no Conselho Administrativo alviverde.
"Vejo a atitude do vice-presidente Macias como honrosa, de um homem, de um grande coxa-branca. Como presidente cobrei esclarecimetos. Como vice-presidente, ele mostrou seu envolvimento, buscando o mehor para o Coritiba. Agora, serão levantados e avaliados os fatos", disse o presidente Rogerio Portugal Bacellar.
Confira abaixo a nota do vice-presidente André Luiz Macias:
Curitiba, 31 de agosto de 2015
Um pedido de licença para o bem do Coritiba.
Para o bem do Coritiba peço licença. A licença com prazo necessário para apurar aquilo que estão qualificando como denúncia contra mim e alguns outros que mantinham um grupo de WhatsApp. Faço questão que todos estas denúncias sejam apuradas, mas já adianto, aqui, que me sinto vítima disto tudo. E injustiçado por colocar em segundo plano todo meu esforço pessoal em favor do clube. Afinal, pergunto-me, qual é mesma a acusação?
Como muitos, participava com amigos de um grupo de WhatsApp. Quem hoje não participa? Este grupo, em especial, era composto por poucos amigos supostamente interessados no Coritiba. Um grupo de WhatsApp é um grupo entre amigos - com a garantia constitucional da intimidade e da privacidade. Ninguém imagina que essas conversas, no ambiente da intimidade e da privacidade, possam ser "vazadas", por um dos "amigos". E porque ninguém cogita o crime do "vazamento", a privacidade e a intimidade permitem certa liberdade para expressar opiniões. Foi o que fiz nesse grupo que teve as conversas divulgadas criminosamente, por um dos supostos amigos: Bruno Kafka.
Meus amigos advogados me explicam que o que ele fez foi um crime. Equivale a divulgação de uma gravação clandestina (sem autorização dos interlocutores) de uma conversa telefônica. Vou acionar a justiça para responsabilizar este rapaz. Não abro mão disso. Quem gostaria de ter suas conversas por WhatsApp ou telefone devassadas? É legal ou ético integrar um grupo de amigos e, depois de estimular conversas reservadas, vazar para a imprensa? Sofro ao constatar que nessa história eu seja o acusado e o tal Bruno Kafka esteja sendo tratado com seriedade ou, no mínimo, condescendência. Ponham-se todos no meu lugar. Qual é o conceito que vocês teriam de amigos que vazassem conversas privadas de grupos de WhatsApp? Eu sou vítima de uma barbaridade.
Muitos amigos me ligaram para dizer isso. Outros, no entanto, preocupam-se com o conteúdo. Não é por acaso que a Constituição preserva a intimidade e a privacidade. As pessoas não podem responder publicamente pelo conteúdo de conversas privadas, entre amigos. Apesar disso, estou disposto a responder. Disponho-me a explicar cada uma das minhas opiniões ou posições que esse sujeito vazou. Sempre lembrando que foram ditas no ambiente da intimidade própria de um grupo de amigos. O problema é que Bruno Kafka fez mais do que vazar. Além de vazar, manipulou as conversas. Vou demonstrar isso em perícia. Bruno Kafka é um criminoso e por esse fato vai ter que responder.
E pior. Além de editar as mensagens, Bruno não divulga mensagens que não interessam. Todas as que tratam dos mais legítimos interesses do clube. Em milhares de mensagens de mais de oito meses do grupo, Bruno Kafka selecionou uma ou outra que poderia constranger e, ao omitir a maioria das mensagens, desconsiderou o verdadeiro objetivo do grupo: trocar ideias sobre o Coxa.
Estou triste com tudo isso. É realmente "Kafkaniano" estar sendo acusado pelo autor do crime. Sobrenome apropriado tem esse Bruno, a proposito. O resto é conversinha de WhatsApp, convenhamos. Farei minha defesa fora do cargo que eu ocupo, evitando mais constrangimentos.
Sobre a questão da Federação, eu mesmo pretendo apresentar minha posição na próxima reunião do Conselho - para a qual o tema está pautado.
Saudações Coxas-brancas,
André Luiz Macias.
Em ofício protocolado na manhã desta segunda-feira (31), o vice-presidente do Coritiba Foot Ball Club, André Luiz Macias, entregou requerimento ao Conselho Deliberativo e ao Conselho de Administração solicitando investigação das alegações aventadas nos últimos dias decorrentes do vazamento de conversas particulares de um grupo de WhatsApp.
Durante o período de investigação, ainda de acordo com o pedido, André Luiz Macias ficará licenciado de suas atribuições no Conselho Administrativo alviverde.
"Vejo a atitude do vice-presidente Macias como honrosa, de um homem, de um grande coxa-branca. Como presidente cobrei esclarecimetos. Como vice-presidente, ele mostrou seu envolvimento, buscando o mehor para o Coritiba. Agora, serão levantados e avaliados os fatos", disse o presidente Rogerio Portugal Bacellar.
Confira abaixo a nota do vice-presidente André Luiz Macias:
Curitiba, 31 de agosto de 2015
Um pedido de licença para o bem do Coritiba.
Para o bem do Coritiba peço licença. A licença com prazo necessário para apurar aquilo que estão qualificando como denúncia contra mim e alguns outros que mantinham um grupo de WhatsApp. Faço questão que todos estas denúncias sejam apuradas, mas já adianto, aqui, que me sinto vítima disto tudo. E injustiçado por colocar em segundo plano todo meu esforço pessoal em favor do clube. Afinal, pergunto-me, qual é mesma a acusação?
Como muitos, participava com amigos de um grupo de WhatsApp. Quem hoje não participa? Este grupo, em especial, era composto por poucos amigos supostamente interessados no Coritiba. Um grupo de WhatsApp é um grupo entre amigos - com a garantia constitucional da intimidade e da privacidade. Ninguém imagina que essas conversas, no ambiente da intimidade e da privacidade, possam ser "vazadas", por um dos "amigos". E porque ninguém cogita o crime do "vazamento", a privacidade e a intimidade permitem certa liberdade para expressar opiniões. Foi o que fiz nesse grupo que teve as conversas divulgadas criminosamente, por um dos supostos amigos: Bruno Kafka.
Meus amigos advogados me explicam que o que ele fez foi um crime. Equivale a divulgação de uma gravação clandestina (sem autorização dos interlocutores) de uma conversa telefônica. Vou acionar a justiça para responsabilizar este rapaz. Não abro mão disso. Quem gostaria de ter suas conversas por WhatsApp ou telefone devassadas? É legal ou ético integrar um grupo de amigos e, depois de estimular conversas reservadas, vazar para a imprensa? Sofro ao constatar que nessa história eu seja o acusado e o tal Bruno Kafka esteja sendo tratado com seriedade ou, no mínimo, condescendência. Ponham-se todos no meu lugar. Qual é o conceito que vocês teriam de amigos que vazassem conversas privadas de grupos de WhatsApp? Eu sou vítima de uma barbaridade.
Muitos amigos me ligaram para dizer isso. Outros, no entanto, preocupam-se com o conteúdo. Não é por acaso que a Constituição preserva a intimidade e a privacidade. As pessoas não podem responder publicamente pelo conteúdo de conversas privadas, entre amigos. Apesar disso, estou disposto a responder. Disponho-me a explicar cada uma das minhas opiniões ou posições que esse sujeito vazou. Sempre lembrando que foram ditas no ambiente da intimidade própria de um grupo de amigos. O problema é que Bruno Kafka fez mais do que vazar. Além de vazar, manipulou as conversas. Vou demonstrar isso em perícia. Bruno Kafka é um criminoso e por esse fato vai ter que responder.
E pior. Além de editar as mensagens, Bruno não divulga mensagens que não interessam. Todas as que tratam dos mais legítimos interesses do clube. Em milhares de mensagens de mais de oito meses do grupo, Bruno Kafka selecionou uma ou outra que poderia constranger e, ao omitir a maioria das mensagens, desconsiderou o verdadeiro objetivo do grupo: trocar ideias sobre o Coxa.
Estou triste com tudo isso. É realmente "Kafkaniano" estar sendo acusado pelo autor do crime. Sobrenome apropriado tem esse Bruno, a proposito. O resto é conversinha de WhatsApp, convenhamos. Farei minha defesa fora do cargo que eu ocupo, evitando mais constrangimentos.
Sobre a questão da Federação, eu mesmo pretendo apresentar minha posição na próxima reunião do Conselho - para a qual o tema está pautado.
Saudações Coxas-brancas,
André Luiz Macias.