O carioca Edgar Duvivier, que nasceu em 1955, até tentou respirar outros ares, que não os da arte, quando ingressou na faculdade de Direito. Ele se formou, mas, descobriu que o escritório não era o seu melhor lugar. Duvivier vive de arte. Aquela que aprendeu no atelier, com os pais escultores, ainda criança, e também da música, do teatro e do cinema.
Ao desistir da advocacia, o jovem artista foi a Boston, nos Estados Unidos, para estudar música. Hoje, ela faz parte, também, de sua vida e já o ajudou na conquista de prêmios. Ele já lançou documentário e filme, no ano passado. Mas, mesmo seguindo por estes caminhos, as artes plásticas da família sempre estiveram presentes na sua rotina, passando a ocupar o primeiro lugar no ano 2000, quando seu pai, infelizmente, veio a falecer de câncer. “Antes de ele morrer, eu comecei a esculpir com ele para o ajudar nas encomendas e também para o animar”, conta Duvivier.
Mas, o grande influenciador do artista se foi antes mesmo do término de algumas esculturas,
trabalho que o filho decidiu terminar. Sua primeira estátua produzida na ausência do pai é também a que mais marcou sua carreira artística: uma Princesa Isabel, de dois metros e meio de altura, exposta na Praia de Copacabana. Depois desta, outras - inclusive expostas na Angola. E muitas outras que ainda virão.
Dirceu Krüger foi o sétimo jogador de futebol a ser esculpido pelo artista. Antes dele, ganharam estátua seis jogadores do Botafogo e um do Flamengo. “Eu achei muito legal quando me chamaram para fazer a estátua. Eu já tinha ouvido falar sobre ele, mas, depois que fiquei de fazer a escultura, fiquei muito mais por dentro da história dele. Soube do acidente dele em campo, por exemplo”, explicou. Para Duvivier, fazer uma estátua não é produzir um boneco. “Boneco não tem alma”, destaca ele.
“É preciso procurar expressar a alma da pessoa. Ainda mais quando está correndo, comemorando um gol”, define. Para a reprodução em perfeição do craque, muitas fotos foram analisadas, já que esta é uma maneira de entender a personalidade e os traços fortes do homenageado. Além disso, uma pequena réplica é construída para que a estátua grande, que tem como base a argila, o ferro e o bronze, esteja perfeita. A intenção, é chegar o mais próximo possível da realidade.
“A escultura do Krüger está presa, praticamente, apenas pelo calcanhar para proporcionar a sensação de que ele está correndo, comemorando”, explica. A estátua do ídolo coxa-branca, em sua totalidade, tem mais de um metro e oitenta e cinco de altura e pesa 300 quilos.
Para o artista da obra, o resultado final é gratificante. É o que completa a produção. “A arte se completa com as pessoas que vão a assistir. O efeito que causa nos outros é muito importante. Quanto mais pessoas gostarem, melhor”, diz.
Mais importante ainda é a reação do homenageado. “Eu assisti ao vídeo de Krüger comemorando que a estátua seria feita. Espero que ele goste, ache bacana”, termina.
Estátuas pelo mundo
Um levantamento feito por pesquisadores da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, em 2014 apontou a existência de mais de 350 estátuas de jogadores espalhadas por 56 países de seis continentes.
Segundo o estudo, o Reino Unido é o país que mais levanta estátuas, com 80 esculturas. O Brasil tem mais de 20, incluindo Pelé, o jogador que mais foi homenageado com estátua. Além dele, também foram representados em escultura os jogadores como Romário, Bellini, Romário, Zagallo, Garrincha e outros.
Ainda segundo o estudo, a primeira estátua futebolista foi esculpida em 1903, na Dinamarca e o Real Madrid foi o primeiro clube a levantar estátuas em seu estádio retratando Sotero Aranguren e Alberto Machimbarrena, em 1925.
Confira a galeria de fotos do processo de produção da estátua de Kruger:
O carioca Edgar Duvivier, que nasceu em 1955, até tentou respirar outros ares, que não os da arte, quando ingressou na faculdade de Direito. Ele se formou, mas, descobriu que o escritório não era o seu melhor lugar. Duvivier vive de arte. Aquela que aprendeu no atelier, com os pais escultores, ainda criança, e também da música, do teatro e do cinema.
Ao desistir da advocacia, o jovem artista foi a Boston, nos Estados Unidos, para estudar música. Hoje, ela faz parte, também, de sua vida e já o ajudou na conquista de prêmios. Ele já lançou documentário e filme, no ano passado. Mas, mesmo seguindo por estes caminhos, as artes plásticas da família sempre estiveram presentes na sua rotina, passando a ocupar o primeiro lugar no ano 2000, quando seu pai, infelizmente, veio a falecer de câncer. “Antes de ele morrer, eu comecei a esculpir com ele para o ajudar nas encomendas e também para o animar”, conta Duvivier.
Mas, o grande influenciador do artista se foi antes mesmo do término de algumas esculturas,
trabalho que o filho decidiu terminar. Sua primeira estátua produzida na ausência do pai é também a que mais marcou sua carreira artística: uma Princesa Isabel, de dois metros e meio de altura, exposta na Praia de Copacabana. Depois desta, outras - inclusive expostas na Angola. E muitas outras que ainda virão.
Dirceu Krüger foi o sétimo jogador de futebol a ser esculpido pelo artista. Antes dele, ganharam estátua seis jogadores do Botafogo e um do Flamengo. “Eu achei muito legal quando me chamaram para fazer a estátua. Eu já tinha ouvido falar sobre ele, mas, depois que fiquei de fazer a escultura, fiquei muito mais por dentro da história dele. Soube do acidente dele em campo, por exemplo”, explicou. Para Duvivier, fazer uma estátua não é produzir um boneco. “Boneco não tem alma”, destaca ele.
“É preciso procurar expressar a alma da pessoa. Ainda mais quando está correndo, comemorando um gol”, define. Para a reprodução em perfeição do craque, muitas fotos foram analisadas, já que esta é uma maneira de entender a personalidade e os traços fortes do homenageado. Além disso, uma pequena réplica é construída para que a estátua grande, que tem como base a argila, o ferro e o bronze, esteja perfeita. A intenção, é chegar o mais próximo possível da realidade.
“A escultura do Krüger está presa, praticamente, apenas pelo calcanhar para proporcionar a sensação de que ele está correndo, comemorando”, explica. A estátua do ídolo coxa-branca, em sua totalidade, tem mais de um metro e oitenta e cinco de altura e pesa 300 quilos.
Para o artista da obra, o resultado final é gratificante. É o que completa a produção. “A arte se completa com as pessoas que vão a assistir. O efeito que causa nos outros é muito importante. Quanto mais pessoas gostarem, melhor”, diz.
Mais importante ainda é a reação do homenageado. “Eu assisti ao vídeo de Krüger comemorando que a estátua seria feita. Espero que ele goste, ache bacana”, termina.
Estátuas pelo mundo
Um levantamento feito por pesquisadores da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, em 2014 apontou a existência de mais de 350 estátuas de jogadores espalhadas por 56 países de seis continentes.
Segundo o estudo, o Reino Unido é o país que mais levanta estátuas, com 80 esculturas. O Brasil tem mais de 20, incluindo Pelé, o jogador que mais foi homenageado com estátua. Além dele, também foram representados em escultura os jogadores como Romário, Bellini, Romário, Zagallo, Garrincha e outros.
Ainda segundo o estudo, a primeira estátua futebolista foi esculpida em 1903, na Dinamarca e o Real Madrid foi o primeiro clube a levantar estátuas em seu estádio retratando Sotero Aranguren e Alberto Machimbarrena, em 1925.
Confira a galeria de fotos do processo de produção da estátua de Kruger: