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Em uma das vitrines do Memorial do Coritiba está Taça disputada na década de 20
Há 13 anos - 23/08/2011 13:40
Em uma das vitrines do Memorial do Coritiba, ao lado da Taça de Campeão do Torneio do Povo, e próximo aos troféus de Campeão Brasileiro de 1985 está a Taça Fox, objeto de conquista alviverde na década de 20 e peça que simboliza o início da rivalidade do Atle-Tiba, clássico que voltará a acontecer no próximo sábado (27), a partir das 18h, no Alto da Glória.
Ainda na segunda década do século passado, Coritiba e Atlético-PR não cultivavam tanta competitividade. Em 1924, o Coritiba venceu o primeiro encontro por 6x3 e em 1925, buscando arrecadar dinheiro para a Sociedade de Socorro aos Necessitados, a loja de calçados “Fox” propôs que o vencedor da partida levaria para casa uma singela taça, e a renda seria revertida em um ato de solidariedade.
O jogo foi na Baixada e o time da casa saiu na frente. No entanto, o Coritiba lutou até o último minuto e aos 43’ Ninho deixou tudo igual. Ninguém ficou com o troféu, que acabou caindo no esquecimento. Porém, no ano seguinte as equipes voltaram a se enfrentar pelo Paranaense, foram duas partidas, com resultados de uma vitória para o Coxa e um empate.
O Atlético conquistou o título estadual em 1925 e o vice de 1926, igualando o número de títulos ao Coxa, que até então havia vencido apenas um campeonato, em 1916, e contava com três vices. No entanto, se em número de títulos os dois clubes estavam igual, o rival ainda não havia vencido um Atle-Tiba. E assim, logo no início de 1927, a disputa da Taça Foz voltou à tona.
Decidiu-se por mais um jogo em busca da Taça Fox. O segundo jogo, então, foi no Parque da Graciosa (o segundo estádio utilizado pelo Coritiba que ficava no bairro Juvevê) e aconteceu no dia 20 de fevereiro de 1927. Uma partida digna de um grande clássico, com quatro gols para cada lado e emoção durante 90 minutos. O Atlético abriu uma vantagem de 3x1 ainda no primeiro tempo, mas o Coxa diminuiu e virou o jogo na segunda etapa. Em seguida o adversário deixou tudo igual e a partida terminou empatada em 4x4 e a novamente ninguém levantou a Taça.
Foi estabelecido, então, um novo confronto, no dia 20 de março de 1927, novamente na Baixada. Com um gol marcado por Ernesto, aos 35’ da segunda etapa, chegou a vitória alviverde. E a Taça ficou no Alto da Glória. Desde sua fundação, o Atlético-PR ainda não havia vencido o Coritiba, o que veio a acontecer somente em dezembro de 1927.
Taça está no Memorial
Hoje a Taça "Fox" está no memorial do Coritiba, onde o torcedor pode conferir de pertinho. Além disso, quem visita o local também pode aproveitar para fazer um tour pelo estádio Couto Pereira.
Rivalidade
De acordo com pesquisa do Grupo Helênicos, o livro Cortejo da Rivalidade, publicado em 1945, conta um pouco do início dessa rivalidade.
Com os primeiros embates, começaram a surgir também algumas provocações, fundamentais para apimentar a competitividade. Para se referir aos coritibanos, os atleticanos passaram a utilizar um termo que os franceses usavam na Primeira Guerra Mundial de forma pejorativa para citar alemães: Boche.
Para responder às provocações, os coritibanos utilizaram um apelido que era dito ao Internacional, um dos clubes que fundou o Atlético-PR para se referir aos rubro-negros: “pó de arroz”, que, nas décadas seguintes, foi adotado pelos rivais.
Assim, de forma sadia iniciaram-se outras provocações. Ainda de acordo com a pesquisa do Grupo Helênicos, um dos cantos dos coritibanos aos rivais, utilizado nos confrontos que aconteceram na década de 20 brincava de forma indireta com o fato de o Atlético-PR não ter vencido um clássico.
“O almofadinha
Come tripa de galinha
Vai dizer pra namorada
Que comeu macarronada”
Se você quer saber mais sobre o clássico Atle-Tiba, confira no site do Grupo Helênicos.
A Taça Fox
Em uma das vitrines do Memorial do Coritiba está Taça disputada na década de 20
Em uma das vitrines do Memorial do Coritiba, ao lado da Taça de Campeão do Torneio do Povo, e próximo aos troféus de Campeão Brasileiro de 1985 está a Taça Fox, objeto de conquista alviverde na década de 20 e peça que simboliza o início da rivalidade do Atle-Tiba, clássico que voltará a acontecer no próximo sábado (27), a partir das 18h, no Alto da Glória.
Ainda na segunda década do século passado, Coritiba e Atlético-PR não cultivavam tanta competitividade. Em 1924, o Coritiba venceu o primeiro encontro por 6x3 e em 1925, buscando arrecadar dinheiro para a Sociedade de Socorro aos Necessitados, a loja de calçados “Fox” propôs que o vencedor da partida levaria para casa uma singela taça, e a renda seria revertida em um ato de solidariedade.
O jogo foi na Baixada e o time da casa saiu na frente. No entanto, o Coritiba lutou até o último minuto e aos 43’ Ninho deixou tudo igual. Ninguém ficou com o troféu, que acabou caindo no esquecimento. Porém, no ano seguinte as equipes voltaram a se enfrentar pelo Paranaense, foram duas partidas, com resultados de uma vitória para o Coxa e um empate.
O Atlético conquistou o título estadual em 1925 e o vice de 1926, igualando o número de títulos ao Coxa, que até então havia vencido apenas um campeonato, em 1916, e contava com três vices. No entanto, se em número de títulos os dois clubes estavam igual, o rival ainda não havia vencido um Atle-Tiba. E assim, logo no início de 1927, a disputa da Taça Foz voltou à tona.
Decidiu-se por mais um jogo em busca da Taça Fox. O segundo jogo, então, foi no Parque da Graciosa (o segundo estádio utilizado pelo Coritiba que ficava no bairro Juvevê) e aconteceu no dia 20 de fevereiro de 1927. Uma partida digna de um grande clássico, com quatro gols para cada lado e emoção durante 90 minutos. O Atlético abriu uma vantagem de 3x1 ainda no primeiro tempo, mas o Coxa diminuiu e virou o jogo na segunda etapa. Em seguida o adversário deixou tudo igual e a partida terminou empatada em 4x4 e a novamente ninguém levantou a Taça.
Foi estabelecido, então, um novo confronto, no dia 20 de março de 1927, novamente na Baixada. Com um gol marcado por Ernesto, aos 35’ da segunda etapa, chegou a vitória alviverde. E a Taça ficou no Alto da Glória. Desde sua fundação, o Atlético-PR ainda não havia vencido o Coritiba, o que veio a acontecer somente em dezembro de 1927.
Taça está no Memorial
Hoje a Taça "Fox" está no memorial do Coritiba, onde o torcedor pode conferir de pertinho. Além disso, quem visita o local também pode aproveitar para fazer um tour pelo estádio Couto Pereira.
Rivalidade
De acordo com pesquisa do Grupo Helênicos, o livro Cortejo da Rivalidade, publicado em 1945, conta um pouco do início dessa rivalidade.
Com os primeiros embates, começaram a surgir também algumas provocações, fundamentais para apimentar a competitividade. Para se referir aos coritibanos, os atleticanos passaram a utilizar um termo que os franceses usavam na Primeira Guerra Mundial de forma pejorativa para citar alemães: Boche.
Para responder às provocações, os coritibanos utilizaram um apelido que era dito ao Internacional, um dos clubes que fundou o Atlético-PR para se referir aos rubro-negros: “pó de arroz”, que, nas décadas seguintes, foi adotado pelos rivais.
Assim, de forma sadia iniciaram-se outras provocações. Ainda de acordo com a pesquisa do Grupo Helênicos, um dos cantos dos coritibanos aos rivais, utilizado nos confrontos que aconteceram na década de 20 brincava de forma indireta com o fato de o Atlético-PR não ter vencido um clássico.
“O almofadinha
Come tripa de galinha
Vai dizer pra namorada
Que comeu macarronada”
Se você quer saber mais sobre o clássico Atle-Tiba, confira no site do Grupo Helênicos.