Desde pequeno, ouço meu avô falar de algo chamado mantra. De acordo com ele, o mantra é algo que dá energia para algum tipo de situação, ou qualquer coisa parecida que não sei explicar, mas sim exemplificar. Ele sempre citou as torcidas da dupla Fla-Flu como exemplo. De acordo com ele, a equipe crescia, e muito, quando ouvia o Maracanã inteiro gritando Men-go e Nen-se. Nunca acreditei muito nessas coisas, mas mudei a opinião desde aquele dia 18 de abril de 2004 e o prezado leitor saberá agora o porquê.
Naquela ocasião, eu fui um dos 2500 felizardos que apanhou chuva, enfrentou o nosso mal acabado (na verdade inacabado) salão de festas e presenciou pessoalmente o empate em 3X3 no AtleTiba, que culminou na grande conquista do título de Bi Campeão Paranaense. A partida foi única, cheia de emoções e alternativas de todas as maneiras e lados, como o leitor já sabe.
O título ia e vinha para as duas equipes em questão de minutos. Ao fim do primeiro tempo, a taça estava mais próxima de ficar no meio estádio. Iniciou-se o segundo tempo e parecia que a reação seria difícil, até porque além de jogar na casa deles, contávamos com a arbitragem tendenciosa. Confesso que estava um pouco desiludido e via que a equipe encontrava dificuldades para chegar à meta do goleiro adversário.
Subitamente, mais ou menos a partir dos 20 ou 25 minutos a maravilhosa torcida Império Alviverde deixou de lado todos os seus cantos e hinos, para simplesmente gritar a palavra COXA, formando o tão falado mantra (obs.:nesse exato momento, enquanto escrevo, arrepio-me de lembrar essa cena, talvez a mais linda prova de amor de uma torcida que eu até então já tenha presenciado em toda a minha vida como torcedor). A partir de então, percebeu-se um silêncio na torcida oponente e, mesmo com o placar adverso, só se ouviam as vozes de 2500 torcedores (inclusive a minha) a gritar CO-XA.
Parece que os nossos guerreiros se multiplicaram em campo e o genial Tuta literalmente acabou de silenciar os 25000 atleticanos presentes, aos 31 do segundo tempo. Até o fim da partida continuamos, passando essa energia singular aos nossos craques – o que acabou por dois dias com a minha voz, mas valeu a pena- e o fim desta história todos já sabem.
Por isso, encerro a minha história com uma única palavra: CO-XA!!!!!!!!!!
Rui Bocchino Macedo
Desde pequeno, ouço meu avô falar de algo chamado mantra. De acordo com ele, o mantra é algo que dá energia para algum tipo de situação, ou qualquer coisa parecida que não sei explicar, mas sim exemplificar. Ele sempre citou as torcidas da dupla Fla-Flu como exemplo. De acordo com ele, a equipe crescia, e muito, quando ouvia o Maracanã inteiro gritando Men-go e Nen-se. Nunca acreditei muito nessas coisas, mas mudei a opinião desde aquele dia 18 de abril de 2004 e o prezado leitor saberá agora o porquê.
Naquela ocasião, eu fui um dos 2500 felizardos que apanhou chuva, enfrentou o nosso mal acabado (na verdade inacabado) salão de festas e presenciou pessoalmente o empate em 3X3 no AtleTiba, que culminou na grande conquista do título de Bi Campeão Paranaense. A partida foi única, cheia de emoções e alternativas de todas as maneiras e lados, como o leitor já sabe.
O título ia e vinha para as duas equipes em questão de minutos. Ao fim do primeiro tempo, a taça estava mais próxima de ficar no meio estádio. Iniciou-se o segundo tempo e parecia que a reação seria difícil, até porque além de jogar na casa deles, contávamos com a arbitragem tendenciosa. Confesso que estava um pouco desiludido e via que a equipe encontrava dificuldades para chegar à meta do goleiro adversário.
Subitamente, mais ou menos a partir dos 20 ou 25 minutos a maravilhosa torcida Império Alviverde deixou de lado todos os seus cantos e hinos, para simplesmente gritar a palavra COXA, formando o tão falado mantra (obs.:nesse exato momento, enquanto escrevo, arrepio-me de lembrar essa cena, talvez a mais linda prova de amor de uma torcida que eu até então já tenha presenciado em toda a minha vida como torcedor). A partir de então, percebeu-se um silêncio na torcida oponente e, mesmo com o placar adverso, só se ouviam as vozes de 2500 torcedores (inclusive a minha) a gritar CO-XA.
Parece que os nossos guerreiros se multiplicaram em campo e o genial Tuta literalmente acabou de silenciar os 25000 atleticanos presentes, aos 31 do segundo tempo. Até o fim da partida continuamos, passando essa energia singular aos nossos craques – o que acabou por dois dias com a minha voz, mas valeu a pena- e o fim desta história todos já sabem.
Por isso, encerro a minha história com uma única palavra: CO-XA!!!!!!!!!!
Rui Bocchino Macedo