Releio memórias&confissões do gênio da raça, Nelson Rodrigues. É leitura obrigatória. Ele é um dos grandes craques da nossa prosa e não somente o imbatível dramaturgo da língua. O teatro em Português é ele; o resto é paisagem. Ou cenário.
O REACIONÁRIO
Terminei o último volume das memórias&confissões, que tem por título O Reacionário, editado com a competência de sempre pelo Ruy Castro e levado ao ar pela Companhia das Letras. São textos do final dos anos 60 e início dos 70. Quando as mulheres começam a longa marcha rumo aos estádios. Aleluia!
TESTEMUNHA OCULAR
Sou do tempo em que as platéias do velho e rude esporte bretão eram misturas de homem&homem, mar de machos, mesmice que se repetia três vezes em oito dias. A possibilidade de sentar próximo de uma mulher era nenhuma, zero.
A MUDANÇA
Felizmente, lentamente, gradualmente, as meninas, as moças, as gurias, as moçoilas casadoiras(sic) e as nem tanto, as raparigas em flor&folha, as senhoras, as damas, começaram a sair das tocas, a vir pro limpo, pro olimpo, pro campo. Aleluia!
E AGORA?
No final da primeira década do século XXI, terceiro milênio da era cristã, quase seis mil anos pelo calendário judaico, como andam os percentuais, as proporções femininas-masculinas nas cadeiras, camarotes, arquibancadas e gerais do Alto da Glória? (Não custa lembrar: elas são maioria na vida real, pequena maioria, no máximo um ponto percentual a mais, mas maioria.)
SONHO
O ideal seria que estes percentuais se repetissem no estádio. Que deve ser também templo de paquera, namoro, de azarar. O tempo que antecede ao pontapé inicial permite approach; o meio tempo também; e o final do jogo? E a saída estratégica? Quantas possibilidades oferecem um clássico ou pelada! (Meu blogue é negopessoa.com/blog)
Releio memórias&confissões do gênio da raça, Nelson Rodrigues. É leitura obrigatória. Ele é um dos grandes craques da nossa prosa e não somente o imbatível dramaturgo da língua. O teatro em Português é ele; o resto é paisagem. Ou cenário.
O REACIONÁRIO
Terminei o último volume das memórias&confissões, que tem por título O Reacionário, editado com a competência de sempre pelo Ruy Castro e levado ao ar pela Companhia das Letras. São textos do final dos anos 60 e início dos 70. Quando as mulheres começam a longa marcha rumo aos estádios. Aleluia!
TESTEMUNHA OCULAR
Sou do tempo em que as platéias do velho e rude esporte bretão eram misturas de homem&homem, mar de machos, mesmice que se repetia três vezes em oito dias. A possibilidade de sentar próximo de uma mulher era nenhuma, zero.
A MUDANÇA
Felizmente, lentamente, gradualmente, as meninas, as moças, as gurias, as moçoilas casadoiras(sic) e as nem tanto, as raparigas em flor&folha, as senhoras, as damas, começaram a sair das tocas, a vir pro limpo, pro olimpo, pro campo. Aleluia!
E AGORA?
No final da primeira década do século XXI, terceiro milênio da era cristã, quase seis mil anos pelo calendário judaico, como andam os percentuais, as proporções femininas-masculinas nas cadeiras, camarotes, arquibancadas e gerais do Alto da Glória? (Não custa lembrar: elas são maioria na vida real, pequena maioria, no máximo um ponto percentual a mais, mas maioria.)
SONHO
O ideal seria que estes percentuais se repetissem no estádio. Que deve ser também templo de paquera, namoro, de azarar. O tempo que antecede ao pontapé inicial permite approach; o meio tempo também; e o final do jogo? E a saída estratégica? Quantas possibilidades oferecem um clássico ou pelada! (Meu blogue é negopessoa.com/blog)