Era meados de junho, terminara o campeonato espanhol e eu voltara para passar férias em minha cidade. Descubro que o Merida não havia pago meus salários, que o clube se afunda em dívidas, que o presidente da equipe está sendo procurado pela polícia e meu passe se torna garantia de dívidas e fica preso junto a federação espanhola.
Alguém fica sabendo disso e meu telefone toca. Era um diretor do Atlético Paranaense dizendo que sabia da minha situação, que tinha a solução para que eu pudesse jogar e que conseguiria me liberar, mas só com a condição de que fosse pelo Atlético. Eu duvidei mas aceitei. Pelo que sei entraram na justiça do trabalho e em um mês estava liberado. Pude, então, assinar contrato com o Atlético, pois anteriormente tentei um contato com o Coritiba que naquele momento não tinha condições de me levar. Depois do acontecido, e eu prestes a estrear pelo Atlético, o presidente do Coritiba, Sr. Sérgio Prosdócimo, me ligou e fez a seguinte pergunta: “Você sairia do Atlético e viria para o Coxa se eu pudesse interceder?”. Eu disse que seria um sonho, mas achava muito difícil que conseguissem fazer algo. Então ele me disse “sai daí que eu consigo”. E eu como conhecia bem a pessoa do Sr. Sergio Prosdócimo não duvidei e imediatamente pedi a liberação para o Sr. Petraglia. Só que, para minha surpresa, ele disse bem assim: “Se você não jogar aqui eu acabo com a sua carreira”. Bem, a situação se complicou e naquele dia fui convocado para fazer o primeiro jogo. Naquele tempo, se jogasse um jogo, já não poderia mais sair para outra equipe. Minha cabeça entrou em parafuso, não sabia mais o que fazer. Fui para a concentração, sinceramente, acreditem ou não, deitei na cama e comecei a me lembrar dos jogos, dos momentos que tivera dois anos antes e do dia em que o Couto Pereira lotado cantou “parabéns” para mim, no dia do meu aniversário. Pensei “não vai dar certo. A minha casa não é aqui”. Eis que toca o telefone do hotel. Era o supervisor do Coxa, Roberto, perguntando o que eu havia decidido. Me perguntou e respondi “olha, já decidi, não sei se pela razão ou pela emoção, mas vou para o Coxa. Só não sei como sair daqui. Estou concentrado e o jogo é amanhã”. Eis que no apagar das luzes um carro me esperou perto do Hotel Victoria Villa e uma história de amor por um time teve seqüência. Faria tudo de novo pelo verdão, mesmo tendo que andar por muito tempo com seguranças, pois eles não aceitaram a minha prova de amor pelo Coxa.
Era meados de junho, terminara o campeonato espanhol e eu voltara para passar férias em minha cidade. Descubro que o Merida não havia pago meus salários, que o clube se afunda em dívidas, que o presidente da equipe está sendo procurado pela polícia e meu passe se torna garantia de dívidas e fica preso junto a federação espanhola.
Alguém fica sabendo disso e meu telefone toca. Era um diretor do Atlético Paranaense dizendo que sabia da minha situação, que tinha a solução para que eu pudesse jogar e que conseguiria me liberar, mas só com a condição de que fosse pelo Atlético. Eu duvidei mas aceitei. Pelo que sei entraram na justiça do trabalho e em um mês estava liberado. Pude, então, assinar contrato com o Atlético, pois anteriormente tentei um contato com o Coritiba que naquele momento não tinha condições de me levar. Depois do acontecido, e eu prestes a estrear pelo Atlético, o presidente do Coritiba, Sr. Sérgio Prosdócimo, me ligou e fez a seguinte pergunta: “Você sairia do Atlético e viria para o Coxa se eu pudesse interceder?”. Eu disse que seria um sonho, mas achava muito difícil que conseguissem fazer algo. Então ele me disse “sai daí que eu consigo”. E eu como conhecia bem a pessoa do Sr. Sergio Prosdócimo não duvidei e imediatamente pedi a liberação para o Sr. Petraglia. Só que, para minha surpresa, ele disse bem assim: “Se você não jogar aqui eu acabo com a sua carreira”. Bem, a situação se complicou e naquele dia fui convocado para fazer o primeiro jogo. Naquele tempo, se jogasse um jogo, já não poderia mais sair para outra equipe. Minha cabeça entrou em parafuso, não sabia mais o que fazer. Fui para a concentração, sinceramente, acreditem ou não, deitei na cama e comecei a me lembrar dos jogos, dos momentos que tivera dois anos antes e do dia em que o Couto Pereira lotado cantou “parabéns” para mim, no dia do meu aniversário. Pensei “não vai dar certo. A minha casa não é aqui”. Eis que toca o telefone do hotel. Era o supervisor do Coxa, Roberto, perguntando o que eu havia decidido. Me perguntou e respondi “olha, já decidi, não sei se pela razão ou pela emoção, mas vou para o Coxa. Só não sei como sair daqui. Estou concentrado e o jogo é amanhã”. Eis que no apagar das luzes um carro me esperou perto do Hotel Victoria Villa e uma história de amor por um time teve seqüência. Faria tudo de novo pelo verdão, mesmo tendo que andar por muito tempo com seguranças, pois eles não aceitaram a minha prova de amor pelo Coxa.