“Nesse ano Dirceu Krüger se despediu dos gramados. Krüger foi um grande jogador, que conquistou pelo Coritiba os principais títulos. Anos depois ele voltou para o Clube, teve cargos como treinador e atualmente trabalha com as categorias de base, que a cada ano revelam jovens talentos para o Coritiba.”

Campeonato Paranaense

Campanha: 24 vitórias - 9 empates - 6 derrotas 

Jogo decisivo: Coritiba 0x0 Colorado 

Data: 23/03/1977

Time Base: Sérgio (Jairo), Hermes, Vicente (Adaílton), Luis Carlos (Oberdan) e Zé Carlos (Humberto); Alfredo (Nenê) e Paulinho (Osmarzinho); Wilton, Eli, Adilson (Luisinho) e Aladim

Artilheiros da equipes: Eli e Luisinho (19 gols)

História

O Coritiba lutava por uma conquista inédita para a história do Clube. Com o Pentacampeonato, o Coritiba precisava de apenas mais um título para igualar o feito do Britânia, conseguido na década de 20, e se tornar o maior vencedor consecutivo do nosso estado.

O clube que já contava com as maiores conquistas, tinha um patrimônio que era exemplo para o país e referência no nosso estado. Já havia conquistado títulos nacionais, internacionais. Ser coroado com o Hexa era uma questão até natural.

O interior do estado ganha força. Em Londrina é inaugurado o Estádio do Café, com capacidade para 40 mil pessoas, e a equipe da cidade se torna o terceiro representante do estado no Campeonato Brasileiro. O Coxa é o melhor paranaense da competição.

Mas o ano de 1976 foi conturbado. Isso pelo falecimento de Antônio Couto Pereira, um dirigente que não mediu esforços para estruturar o Coritiba e principalmente para comprar o terreno que hoje está em uma das áreas mais valorizadas da nossa cidade e é sede do estádio que leva seu nome.

Nesse ano Dirceu Krüger se despediu dos gramados. Krüger foi um grande jogador, que conquistou pelo Coritiba os principais títulos. Anos depois ele voltou para o Clube, teve cargos como treinador e atualmente trabalha com as categorias de base, que a cada ano revelam jovens talentos para o Coritiba.

O técnico Diede Lameiro manteve a base da equipe Pentacampeã. O goleiro Jairo, que foi ídolo de uma geração, foi para o Corinthians e no seu lugar entrou Sérgio. Ainda chegaram o zagueiro Luiz Carlos e os atacantes Wilton e Adilson.

Competição

A competição de 1976 foi bem conturbada e novamente provocaria confusões entre os dirigentes das principais equipes que buscavam o título da competição. Como campeão do primeiro e do segundo turnos, o Coritiba entrou no quadrangular decisivo com dois pontos extras.

Mas um desentendimento entre os dirigentes dos quatro clubes finalistas fez com que a competição se adiasse até março de 1977. O Coritiba e o Colorado queriam a disputa em apenas um turno e Atlético-PR e Londrina queriam dois turnos.

Como conta o livro “O Campeoníssimo”, “para Evangelino faltou habilidade por parte do presidente da Federação para contornar o problema. ‘Como pessoa o doutor Esperidião Feres era uma figura muito querida, mas como dirigente ele perdeu-se um pouco naquela crise’”, avalia o presidente.

“Também devemos lhe dar um desconto porque os quatro presidentes interessados na questão eram homens muito experientes na vida do futebol. Eu, Aníbal Khury, do Atlético-PR, Joaquim Cirino dos Santos, do Colorado, e Jacy Scaff, do Londrina. Como não houve acordo quanto ao regulamento do quadrangular final, das taxas de arbitragem, da divisão das rendas e outros itens mais, tudo ficou para o ano seguinte. E vencemos mais uma vez”, complementa.

Devido aos problemas jurídicos, o Coritiba tinha perdido alguns de seus principais jogadores. Já era março de 1977 e, como no ano anterior, jogava por um simples empate na última partida contra o Colorado.

Novamente um empate em 0x0 deu o título ao Coritiba e o Clube igualava o feito do Britânia nos anos 20, tornando-se Hexacampeão. Se em 73 o Tri era um sonho, em 76 ele veio em dobro e até hoje nenhum clube do futebol paranaense conseguiu bater o feito coxa-branca.

Colaboração: Grupo Helênicos