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Grande coritibano, um dos mais importantes da história do clube, o jornalista morreu aos 80 anos, vítima de atropelamento, em 27 de junho de 2012
Há 12 anos - 27/06/2013 13:56
Hoje completa um ano da morte Vinícius Coelho, um dos coritibanos que deu grande contribuição para a projeção do nome do clube no Brasil e exterior. O jornalista morreu atropelado no início da tarde de 27 de junho de 2012, em um acidente que aconteceu na Linha Verde(BR-476), próximo ao Auto Shopping Curitiba, na região do bairro Tarumã. Ele tinha 80 anos e a coisa que ele mais gostava de fazer era escrever. Por meio desta matéria a diretoria do Coritiba e toda a nação coxa-branca prestam mais uma vez uma homenagem à memória de Vinicius.
Diante de sua morte, o Coritibadecretou três dias de luto. Na ocasião, a nota oficial do clube ressaltou que o jornalista passara “parte da vida cobrindo o Coritiba nos principais jornais do estado do Paraná e se tornou um ícone para a nação coxa-branca”. Relembrou também que a influência de Vinícius Coelho durante a passagem dele pelo jornal O Globo fez com que o Coxa fosse convidado para disputar o Torneio do Povo em 1973, o primeiro título de âmbito nacional do clube do Alto da Glória.
Foi de Vinícius Coelho a letra de “Eterno Campeão”, um dos hinos do Coritiba, composto na década de 70. O jornalista escreveu três livros envolvendo a história do Alviverde: a biografia do ex-presidente do clube Aryon Cornelsen, Atle-Tiba – Paixão de Multidões e Evangelino: Campeoníssimo, os dois últimos em parceria com o jornalista Carneiro Neto. Ele também narrou para a televisão o título nacional do clube, em 1985.
A história do jornalista
Nascido em 1932, em Curitiba, Vinícius Coelho ingressou na crônica esportiva duas décadas mais tarde, no Diário do Paraná, em 1953. Em 1962, foi contratado pelo Canal 6, aonde viria a ser locutor esportivo.
Coelho trabalhou no jornal e na televisão até 1969, quando se mudou para o Rio de Janeiro, onde foi repórter do jornal O Globo. Nesse ano, conseguiu em primeira mão a informação de que Zagallo seria escolhido para dirigir a Seleção Brasileira na Copa de 1970.
Retornou a Curitiba em 1974 para ser chefe da editoria de esportes da Gazeta do Povo, onde trabalhou por dez anos. Simultaneamente, trabalhou na TV Paranaense (hoje RPC TV), empresa que deixou em 1986. Um ano antes, viveu o momento mais emocionante da carreira, ao narrar ao vivo do Maracanã a maior conquista de seu time do coração, o Coxa, o título nacional.
Vinícius Coelho também acumulou várias passagens por rádios da cidade. Trabalhou nas rádios Colombo, Independência, Universo e Cidade.
Com nove Copas do Mundo e duas Olimpíadas currículo, ele acumulou carimbos em seus passaportes. A primeira cobertura internacional do jornalista foi em 1959, no extinto Campeonato Sul-Americano de Futebol (atual Copa América), na Argentina.
O curitibano também foi presidente da Associação Brasileira de Cronistas Esportivos. Ele escreveu três livros: Atle-Tiba – Paixão das Multidões – de 1994 e Evangelino: o Campeoníssimo, de 2002, ambos com o amigo Carneiro Neto, além da biografia Aryon Cornelsen: um empreendedor de vitórias.
Seu último trabalho foi como colunista do jornal Tribuna no Paraná, em 2009.
Vinícius Coelho viveu um drama pessoal desde 2007, quando o seu filho adolescente, Bruno Strobel Coelho, foi morto após ser agredido por agentes de uma empresa de segurança, três dois quais já foram condenados pela justiça. Bruno Strobel Coelho desapareceu em 2 de outubro de 2007 e uma semana depois foi encontrado morto, com dois tiros na cabeça e marcas de espancamento, num matagal nas proximidades da Rodovia dos Minérios, em Almirante Tamandaré.
Confira alguns depoimentos sobre Vinícius Coelho concedidos ao jornal Gazeta do Povo, na ocasião de sua morte.
Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba
“Foi um acidente lamentável, estamos decretando luto oficial. Vamos fazer todas as homenagens a esse grande coxa-branca. Foi uma figura de destaque, importante em tudo o que o clube representa hoje”
Dirceu Krüger, ex-jogador e ídolo do Coritiba
“Ele foi um jornalista extraordinário, com uma cultura muito bem colocada nas suas ideias, nas suas análises. Lamentamos profundamente essa notícia. Ele sempre foi um torcedor muito identificado com o Coritiba, mas não era por isso que ele só defendia o Coritiba, defendia o futebol paranaense. As colunas dele eram muito bem colocadas, muito bem analisadas, com bastante frieza”
Carneiro Neto, colunista da Gazeta do Povo
“Meu parceiro em dois livros: Atletiba – Paixão das Multidões – de 1994 e Evangelino: o Campeoníssimo, de 2002. Eu conheço ele desde 1964, quando comecei na crônica esportiva. Ele veio desde 1956. Eu comecei a trabalhar com ele no Diário do Paraná em 1969 por indicação dele e assumi por indicação dele o lugar de editor quando ele foi para O Globo em 1969. Ele me prestigiou muito e me apoiou no começo da carreira. Depois, eu retribuí sempre o chamando para ser comentarista nas minhas equipes de rádio. Estávamos em conversa para fazer uma nova edição atualizada do Atletiba – Paixão de Multidões. Um grande companheiro, deixou uma marca muito forte no jornalismo esportivo. Em 1974, ele voltou para Curitiba, para a TV Paranaense (atual RPC) e era apresentador e narrador. Saiu de lá em 1984 para o retorno da Paraná Esportivo. Ele estava também na Gazeta do Povo. Eu estou na Gazeta do Povo desde 1984, quando ele me indicou para o substituir”
Edson Militão, colunista da Gazeta do Povo
“Eu posso dizer que o Vinícius colocava a paixão em tudo, principalmente no texto e na voz. Sempre foi atual e saudosista, ele tinha uma memória muito boa do passado e acompanhava como ninguém o universo do esporte. Perdemos um talento extraordinário, tanto de texto como depoimento. Eu lamento muito”
Luiz Augusto Xavier, colunista da Gazeta do Povo
“Foi um grande amigo, um dos meus professores no jornalismo esportivo. Vinícius Coelho tinha um texto admirável e, não de graça, foi um dos nomes mais importantes da imprensa paranaense. Pioneiro da televisão, transmitiu o título do Coritiba em 85 pela RPC (então TV Paranaense). Brilhou como repórter e redator de O Globo e sempre teve as portas abertas na CBF, onde fez muitos amigos, antes de voltar para o nosso convívio. Uma perda irreparável para todos nós, paranaenses”
Guilherme Straube, pesquisador do Grupo Helênicos, especializado na história do Coritiba
“A primeira parte mais importante para mim, acima da importância profissional dele, era a amizade que a gente tinha. Semana passada, antes de desligar o telefone, ele disse para eu ligar mais vezes porque gostava muito de mim. Conhecia ele desde 2004, quando o Coritiba levantou o memorial das taças. Desde então houve uma grande sintonia entre nós, porque ele gostava de quem gostava da história do clube”
Cristian Toledo, jornalista da Rádio 98FM
“Nós convivemos durante 10 anos juntos e ele sempre foi um cara muito gentil e educado. Ele chegou a um patamar muito alto no jornalismo brasileiro e, mesmo assim, nunca deixou de ser uma pessoa muito gentil, sempre ajudando todo mundo. Ele foi uma figura símbolo no jornalismo brasileiro, mas sempre teve uma relação muito forte com o estado. Além de tudo, de ter sido uma pessoa muito educada e atenciosa, ele foi um dos pioneiros em multimídia, muito antes de todo mundo”
Gil Rocha, gerente de Esportes da RPC TV
“Ele sempre foi um grande nome do jornalismo paranaense e um grande líder. Eu tinha um carinho profissional muito grande, além de tudo era um grande amigo. Eu sempre viajei muito e vi o respeito e admiração que os jornalistas de outros estados têm por ele. Ele sempre representou o Paraná. Ele tinha um grande nome e poderia ter ficado na imprensa no Rio de Janeiro, mas preferiu voltar e ficar aqui no Paraná. Ele sempre foi um cara muito bacana, uma pessoa muito boa de se conviver. O momento mais marcante foi a cobertura da Copa do Mundo de 1986, porque era a minha primeira cobertura e ele já era experiente. Ele sempre muito atencioso ensinando todo mundo. Além de um colega, eu perdi um amigo.”
Fotos 2 e 3: Reprodução internet
Um ano da morte Vinícius Coelho
Grande coritibano, um dos mais importantes da história do clube, o jornalista morreu aos 80 anos, vítima de atropelamento, em 27 de junho de 2012
Hoje completa um ano da morte Vinícius Coelho, um dos coritibanos que deu grande contribuição para a projeção do nome do clube no Brasil e exterior. O jornalista morreu atropelado no início da tarde de 27 de junho de 2012, em um acidente que aconteceu na Linha Verde(BR-476), próximo ao Auto Shopping Curitiba, na região do bairro Tarumã. Ele tinha 80 anos e a coisa que ele mais gostava de fazer era escrever. Por meio desta matéria a diretoria do Coritiba e toda a nação coxa-branca prestam mais uma vez uma homenagem à memória de Vinicius.
Diante de sua morte, o Coritibadecretou três dias de luto. Na ocasião, a nota oficial do clube ressaltou que o jornalista passara “parte da vida cobrindo o Coritiba nos principais jornais do estado do Paraná e se tornou um ícone para a nação coxa-branca”. Relembrou também que a influência de Vinícius Coelho durante a passagem dele pelo jornal O Globo fez com que o Coxa fosse convidado para disputar o Torneio do Povo em 1973, o primeiro título de âmbito nacional do clube do Alto da Glória.
Foi de Vinícius Coelho a letra de “Eterno Campeão”, um dos hinos do Coritiba, composto na década de 70. O jornalista escreveu três livros envolvendo a história do Alviverde: a biografia do ex-presidente do clube Aryon Cornelsen, Atle-Tiba – Paixão de Multidões e Evangelino: Campeoníssimo, os dois últimos em parceria com o jornalista Carneiro Neto. Ele também narrou para a televisão o título nacional do clube, em 1985.
A história do jornalista
Nascido em 1932, em Curitiba, Vinícius Coelho ingressou na crônica esportiva duas décadas mais tarde, no Diário do Paraná, em 1953. Em 1962, foi contratado pelo Canal 6, aonde viria a ser locutor esportivo.
Coelho trabalhou no jornal e na televisão até 1969, quando se mudou para o Rio de Janeiro, onde foi repórter do jornal O Globo. Nesse ano, conseguiu em primeira mão a informação de que Zagallo seria escolhido para dirigir a Seleção Brasileira na Copa de 1970.
Retornou a Curitiba em 1974 para ser chefe da editoria de esportes da Gazeta do Povo, onde trabalhou por dez anos. Simultaneamente, trabalhou na TV Paranaense (hoje RPC TV), empresa que deixou em 1986. Um ano antes, viveu o momento mais emocionante da carreira, ao narrar ao vivo do Maracanã a maior conquista de seu time do coração, o Coxa, o título nacional.
Vinícius Coelho também acumulou várias passagens por rádios da cidade. Trabalhou nas rádios Colombo, Independência, Universo e Cidade.
Com nove Copas do Mundo e duas Olimpíadas currículo, ele acumulou carimbos em seus passaportes. A primeira cobertura internacional do jornalista foi em 1959, no extinto Campeonato Sul-Americano de Futebol (atual Copa América), na Argentina.
O curitibano também foi presidente da Associação Brasileira de Cronistas Esportivos. Ele escreveu três livros: Atle-Tiba – Paixão das Multidões – de 1994 e Evangelino: o Campeoníssimo, de 2002, ambos com o amigo Carneiro Neto, além da biografia Aryon Cornelsen: um empreendedor de vitórias.
Seu último trabalho foi como colunista do jornal Tribuna no Paraná, em 2009.
Vinícius Coelho viveu um drama pessoal desde 2007, quando o seu filho adolescente, Bruno Strobel Coelho, foi morto após ser agredido por agentes de uma empresa de segurança, três dois quais já foram condenados pela justiça. Bruno Strobel Coelho desapareceu em 2 de outubro de 2007 e uma semana depois foi encontrado morto, com dois tiros na cabeça e marcas de espancamento, num matagal nas proximidades da Rodovia dos Minérios, em Almirante Tamandaré.
Confira alguns depoimentos sobre Vinícius Coelho concedidos ao jornal Gazeta do Povo, na ocasião de sua morte.
Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba
“Foi um acidente lamentável, estamos decretando luto oficial. Vamos fazer todas as homenagens a esse grande coxa-branca. Foi uma figura de destaque, importante em tudo o que o clube representa hoje”
Dirceu Krüger, ex-jogador e ídolo do Coritiba
“Ele foi um jornalista extraordinário, com uma cultura muito bem colocada nas suas ideias, nas suas análises. Lamentamos profundamente essa notícia. Ele sempre foi um torcedor muito identificado com o Coritiba, mas não era por isso que ele só defendia o Coritiba, defendia o futebol paranaense. As colunas dele eram muito bem colocadas, muito bem analisadas, com bastante frieza”
Carneiro Neto, colunista da Gazeta do Povo
“Meu parceiro em dois livros: Atletiba – Paixão das Multidões – de 1994 e Evangelino: o Campeoníssimo, de 2002. Eu conheço ele desde 1964, quando comecei na crônica esportiva. Ele veio desde 1956. Eu comecei a trabalhar com ele no Diário do Paraná em 1969 por indicação dele e assumi por indicação dele o lugar de editor quando ele foi para O Globo em 1969. Ele me prestigiou muito e me apoiou no começo da carreira. Depois, eu retribuí sempre o chamando para ser comentarista nas minhas equipes de rádio. Estávamos em conversa para fazer uma nova edição atualizada do Atletiba – Paixão de Multidões. Um grande companheiro, deixou uma marca muito forte no jornalismo esportivo. Em 1974, ele voltou para Curitiba, para a TV Paranaense (atual RPC) e era apresentador e narrador. Saiu de lá em 1984 para o retorno da Paraná Esportivo. Ele estava também na Gazeta do Povo. Eu estou na Gazeta do Povo desde 1984, quando ele me indicou para o substituir”
Edson Militão, colunista da Gazeta do Povo
“Eu posso dizer que o Vinícius colocava a paixão em tudo, principalmente no texto e na voz. Sempre foi atual e saudosista, ele tinha uma memória muito boa do passado e acompanhava como ninguém o universo do esporte. Perdemos um talento extraordinário, tanto de texto como depoimento. Eu lamento muito”
Luiz Augusto Xavier, colunista da Gazeta do Povo
“Foi um grande amigo, um dos meus professores no jornalismo esportivo. Vinícius Coelho tinha um texto admirável e, não de graça, foi um dos nomes mais importantes da imprensa paranaense. Pioneiro da televisão, transmitiu o título do Coritiba em 85 pela RPC (então TV Paranaense). Brilhou como repórter e redator de O Globo e sempre teve as portas abertas na CBF, onde fez muitos amigos, antes de voltar para o nosso convívio. Uma perda irreparável para todos nós, paranaenses”
Guilherme Straube, pesquisador do Grupo Helênicos, especializado na história do Coritiba
“A primeira parte mais importante para mim, acima da importância profissional dele, era a amizade que a gente tinha. Semana passada, antes de desligar o telefone, ele disse para eu ligar mais vezes porque gostava muito de mim. Conhecia ele desde 2004, quando o Coritiba levantou o memorial das taças. Desde então houve uma grande sintonia entre nós, porque ele gostava de quem gostava da história do clube”
Cristian Toledo, jornalista da Rádio 98FM
“Nós convivemos durante 10 anos juntos e ele sempre foi um cara muito gentil e educado. Ele chegou a um patamar muito alto no jornalismo brasileiro e, mesmo assim, nunca deixou de ser uma pessoa muito gentil, sempre ajudando todo mundo. Ele foi uma figura símbolo no jornalismo brasileiro, mas sempre teve uma relação muito forte com o estado. Além de tudo, de ter sido uma pessoa muito educada e atenciosa, ele foi um dos pioneiros em multimídia, muito antes de todo mundo”
Gil Rocha, gerente de Esportes da RPC TV
“Ele sempre foi um grande nome do jornalismo paranaense e um grande líder. Eu tinha um carinho profissional muito grande, além de tudo era um grande amigo. Eu sempre viajei muito e vi o respeito e admiração que os jornalistas de outros estados têm por ele. Ele sempre representou o Paraná. Ele tinha um grande nome e poderia ter ficado na imprensa no Rio de Janeiro, mas preferiu voltar e ficar aqui no Paraná. Ele sempre foi um cara muito bacana, uma pessoa muito boa de se conviver. O momento mais marcante foi a cobertura da Copa do Mundo de 1986, porque era a minha primeira cobertura e ele já era experiente. Ele sempre muito atencioso ensinando todo mundo. Além de um colega, eu perdi um amigo.”