Em 18 de agosto de 1914, nascia Sebastião Abílio Simon, um coxa-branca com uma história diferente de relacionamento com o clube. Um atleta que não vestia as chuteiras, sequer entrava em campo, não tinha contato algum com a bola. Porém, também levava no peito o escudo do Coritiba em competições. Ao invés de chuteiras, encaixava os pés nos pedais e sobre duas rodas, montado em uma bicicleta, defendia o Coxa. Seu Abílio, como é conhecido, foi atleta coxa-branca no ciclismo e completa nesta segunda-feira seus 100 anos, com invejável lucidez e uma família coritibana.
Ainda novo, Seu Abílio ganhou sua primeira bicicleta e com ela uma nova paixão. Seus primeiros passos como atleta foram no Clube Savóia, que mais tarde se tornaria o Paraná Clube. Logo depois foi para o Coritiba, clube pelo qual venceu a "Prova Cyclística 'Cidade de Curityba'", em 30 de março de 1936, e se tornou um eterno torcedor, passando este sentimento de geração em geração.
Sobre a prova, disputada por 30 atletas, promovida pelo jornal Diário da Tarde, Seu Abílio traz cada detalhe guardado na memória: o trajeto, quem disputava os primeiros lugares, o local exato de onde acabou sofrendo uma queda e depois se recuperando, a chegada final do percurso que saiu da avenida João Pessoa, passou pela Comendador Araújo, Ubaldino do Amaral até a Bento Viana, e o povo aplaudindo o vencedor da prova, ele mesmo, com a camisa do Coritiba. Uma memória excelente para um centenário vivido. "Me perguntam como eu cheguei até aqui. Eu na verdade não sei. Só vim sem pensar muito", confessa.
Os ciclistas que disputavam os campeonatos com o Coritiba junto ao Seu Abílio eram aproximadamente oito, mas era ele quem se destacava e até liderava a equipe. "No final das competições era eu quem pegava as camisas do Coxa para levar para lavar. Eu tinha essa responsabilidade", destaca. E nesse contato com o clube, o ex-ciclista lembra que conheceu ícones importantes da história alviverde, como o próprio Major Antônio Couto Pereira. "Ele era um baixinho invocado, me lembro dele", recorda-se.
E na época na qual era ciclista, Seu Abílio lembra que não era muito ligado ao futebol e que o gosto por acompanhar o Coritiba, mesmo que pela televisão, veio mais tarde. Das provas de ciclismo disputadas e do orgulho de vestir a camisa do clube verde e branco, ficou a torcida para o Coxa. "Fica uma marca na gente ter vestido a camisa do Coxa", afirma. E a torcida foi passando para os membros da família.
A data nesta segunda-feira, além de ser o dia do centenário do ex-ciclista, também é de comemoração para uma pequena torcedora coxa-branca. Caratina, bisneta do Seu Abílio, completa seu primeiro mês de vida. Data compartilhada assim como o amor pelo Coxa. Isso por que a pequena já tem até time escolhido.
Rodrigo Coutinho é neto de Seu Abílio e pai de Catarina. Frequentador do Couto Pereira assíduo, lembra que a família toda torce para o Coxa pelo contato próximo que o avô teve com o clube. "Foi o exemplo do vô que me fez torcer pelo Coritiba", disse Rodrigo que ainda complementou: "O Coritiba é um exemplo de superação a todos".
Parabéns, Seu Abílio, por seus 100 anos de história!
Confira um pouco mais sobre Seu Abílio:
Veja algumas fotos:
Em 18 de agosto de 1914, nascia Sebastião Abílio Simon, um coxa-branca com uma história diferente de relacionamento com o clube. Um atleta que não vestia as chuteiras, sequer entrava em campo, não tinha contato algum com a bola. Porém, também levava no peito o escudo do Coritiba em competições. Ao invés de chuteiras, encaixava os pés nos pedais e sobre duas rodas, montado em uma bicicleta, defendia o Coxa. Seu Abílio, como é conhecido, foi atleta coxa-branca no ciclismo e completa nesta segunda-feira seus 100 anos, com invejável lucidez e uma família coritibana.
Ainda novo, Seu Abílio ganhou sua primeira bicicleta e com ela uma nova paixão. Seus primeiros passos como atleta foram no Clube Savóia, que mais tarde se tornaria o Paraná Clube. Logo depois foi para o Coritiba, clube pelo qual venceu a "Prova Cyclística 'Cidade de Curityba'", em 30 de março de 1936, e se tornou um eterno torcedor, passando este sentimento de geração em geração.
Sobre a prova, disputada por 30 atletas, promovida pelo jornal Diário da Tarde, Seu Abílio traz cada detalhe guardado na memória: o trajeto, quem disputava os primeiros lugares, o local exato de onde acabou sofrendo uma queda e depois se recuperando, a chegada final do percurso que saiu da avenida João Pessoa, passou pela Comendador Araújo, Ubaldino do Amaral até a Bento Viana, e o povo aplaudindo o vencedor da prova, ele mesmo, com a camisa do Coritiba. Uma memória excelente para um centenário vivido. "Me perguntam como eu cheguei até aqui. Eu na verdade não sei. Só vim sem pensar muito", confessa.
Os ciclistas que disputavam os campeonatos com o Coritiba junto ao Seu Abílio eram aproximadamente oito, mas era ele quem se destacava e até liderava a equipe. "No final das competições era eu quem pegava as camisas do Coxa para levar para lavar. Eu tinha essa responsabilidade", destaca. E nesse contato com o clube, o ex-ciclista lembra que conheceu ícones importantes da história alviverde, como o próprio Major Antônio Couto Pereira. "Ele era um baixinho invocado, me lembro dele", recorda-se.
E na época na qual era ciclista, Seu Abílio lembra que não era muito ligado ao futebol e que o gosto por acompanhar o Coritiba, mesmo que pela televisão, veio mais tarde. Das provas de ciclismo disputadas e do orgulho de vestir a camisa do clube verde e branco, ficou a torcida para o Coxa. "Fica uma marca na gente ter vestido a camisa do Coxa", afirma. E a torcida foi passando para os membros da família.
A data nesta segunda-feira, além de ser o dia do centenário do ex-ciclista, também é de comemoração para uma pequena torcedora coxa-branca. Caratina, bisneta do Seu Abílio, completa seu primeiro mês de vida. Data compartilhada assim como o amor pelo Coxa. Isso por que a pequena já tem até time escolhido.
Rodrigo Coutinho é neto de Seu Abílio e pai de Catarina. Frequentador do Couto Pereira assíduo, lembra que a família toda torce para o Coxa pelo contato próximo que o avô teve com o clube. "Foi o exemplo do vô que me fez torcer pelo Coritiba", disse Rodrigo que ainda complementou: "O Coritiba é um exemplo de superação a todos".
Parabéns, Seu Abílio, por seus 100 anos de história!
Confira um pouco mais sobre Seu Abílio:
Veja algumas fotos: