Em 1976, o Coxa era pentacampeão do estado e lutava pelo hexa, conquista inédita na história do Clube.  Como campeão do primeiro e do segundo turnos, o Coritiba entrou no quadrangular decisivo com dois pontos extras e enfrentaria o Colorado no jogo decisivo da competição.

O Campeonato de 76 foi marcado por confusão entre os dirigentes dos clubes, o que fez com que a competição se adiasse até março de 1977. “Como não houve acordo quanto ao regulamento do quadrangular final, das taxas de arbitragem, da divisão das rendas e outros itens mais, tudo ficou para o ano seguinte”, explica Evangelino no livro “O Campeoníssimo”.        

Devido aos problemas jurídicos, o Coritiba tinha perdido alguns de seus principais jogadores. O Coxa jogava por um simples empate na última partida contra o Colorado e, novamente, um empate em 0×0 deu o título ao Coritiba e o Clube igualava o feito do Britânia, nos anos 20, tornando-se Hexacampeão. Se em 73 o Tri era um sonho, em 76 ele veio em dobro.

A equipe base do Coxa durante o Campeonato foi composta por Sérgio (Jairo), Hermes, Vicente (Adaílton), Luis Carlos (Oberdan) e Zé Carlos (Humberto); Alfredo (Nenê) e Paulinho (Osmarzinho); Wilton, Eli, Adilson (Luisinho) e Aladim. Eli e Luisinho foram artilheiros, com 19 gols.

Outras conquistas

Durante estes seis anos de títulos estaduais, em 1972, o Coxa garantiu a primeira conquista internacional de um clube do Paraná. Apesar de não ser um torneio oficial, a Fita Azul, prêmio concedido pelo jornal Gazeta Esportiva, de São Paulo, ao clube brasileiro que voltasse sem derrotas das excursões internacionais, trouxe ao nosso estado mais uma conquista, colocando o Coritiba novamente em destaque.

Além disso, um ano depois, em 1973, o Coritiba conquistou o Torneio do Povo, uma disputa entre os clubes nacionais que tinham a maior torcida da época. Este foi o primeiro grande título nacional conquistado por um clube do Sul do Brasil. O Coxa disputou o troféu com Flamengo, Corinthians, Atlético-MG, Internacional e Bahia.

Curiosidades             

Foi em 1976 que o dirigente Antônio Couto Pereira, que não mediu esforços para estruturar o Coritiba, faleceu. O ano marca, também, a despedida de Dirceu Krüger dos gramados.