Com 24 gols marcados na temporada até o momento, o Coritiba tem o segundo melhor ataque do país entre os 20 clubes de Série A, atrás apenas do Grêmio, que já balançou as redes adversárias em 25 oportunidades.

Mas não é apenas o bom número de gols que tem gerado satisfação da comissão técnica. Mais do que isso, a maneira como as oportunidades vem sendo criadas e a diversidade de ações na chamada fase ofensiva do jogo são pontos bem avaliados neste início de ano do Verdão.

Conforme uma série de bibliografias escritas sob o andamento de uma partida de futebol, o jogo atualmente pode ser dividido por momentos. Os momentos ofensivos podem ser separados em organização ofensiva, bola parada ofensiva e transição ofensiva.

Por outro lado, os momentos sem a posse de bola são divididos em transição defensiva, organização defensiva e bola parada defensiva. Estes recortes do jogo servem para que a comissão técnica consiga analisar tudo o que acontece na partida de maneira mais detalhada, sem deixar de lado a partida como um todo.

“O ideal é que você consiga ter uma variedade grande nas conclusões das jogadas, para que você tenha mais alternativas durante o jogo. Fazer gols de diversas maneiras mostra um equilíbrio da equipe”, explicou o analista de desempenho do Coritiba, Tiago Valle.

Do total de 24 gols anotados, dez foram por meio de bolas paradas. Nove tiveram origem por meio da chamada organização ofensiva, por fim os demais aconteceram de jogadas rápidas em transição ofensiva.

"Nós temos números que nos mostram que estamos chegando bem, chutando de fora da área, chegando pela linha de fundo, equilibrando as descidas pelos dois lados, temos transição com homens de velocidade, jogadas por dentro", pontou o técnico coxa-branca, Gilson Kleina.

Os momentos do jogo

Para ajudar ao torcedor coxa-branca a aprender a entender os momentos do jogo, o coritiba.com.br traz uma explicação resumida e didática de cada tópico, confira:

Organização ofensiva --> É o momento do jogo em que a equipe possui a posse de bola e constrói as jogadas, com o objetivo de criar situacoes e marcar gols. Dentro da organização ofensiva podem ser trabalhados diversos conceitos relacionados a construção de jogadas, como Amplitude, Profundidade, Tabelas, Ultrapassagens, Mobilidade e etc

Organização defensiva --> É o momento do jogo em que a equipe esta sem a posse de bola e quais as decisões individuais e coletivas que o time deve tomar enquanto é atacado. Qual o local que as linhas de defesa estarão posicionadas, em que momento a bola pode ser atacada e quais atletas devem exercer cada função.

Transição defensiva --> Comportamento a ser assumido nos segundos imediatos após a perda da posse da bola. A tomada de decisão da equipe pode acontecer de diversas maneiras, dependendo do momento do jogo e do local onde a equipe adversária retomou a bola.

Transição ofensiva --> Comportamento a ser assumido nos segundos imediatos após a retomada da posse de bola, e qual a decisao a ser tomada. Acelerar o jogo e explorar o adversario desorganizado é um exemplo. 

Confira as origens dos gols do Coxa em 2016:

Coritiba 4x0 Cascavel
Kleber (Bola parada – Pênalti)]
Dudu (Bola parada – Pênalti)
Juan (Bola parada – Pênalti)
Kleber (transição ofensiva)

Coritiba 3x0 Foz
Kleber (organização ofensiva)
Kléber (transição ofensiva)
Kleber (organização ofensiva)

Coritiba 1x1 Londrina
Amaral (transição ofensiva)

Coritiba 2x3 Toledo
Kleber (organização ofensiva)
Evandro (organização ofensiva)

Coritiba 4x0 Operário
Luccas Claro (bola parada)
Kléber (Organização ofensiva)
Dudu (transição ofensiva)
Kleber (organização ofensiva)

Coritiba 3x3 Rio Branco
Carlinhos (Bola parada direta para o gol)
Walisson Maia (Bola parada de escanteio)
Wilson (Bola parada de escanteio)

Coritiba 1x2 PSTC
Leandro (organização ofensiva)

Coritiba 3x0 Paraná Clube
Juan (pênalti bola parada)
Dudu (organização ofensiva)
Dudu (Bola parada)

Coritiba 3x0 Avaí
Leandro (transição ofensiva)
Vinicius (organização ofensiva)
Leandro (pênalti – bola parada)